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12/01/2009

 

Ela está em cartaz com "Confissões de Mulheres de 30", no Teatro da Folha, é protagonista de "Mothern" (GNT) e participa da minissérie da "Maysa" (TV Globo). Com vocês, a atriz Melissa Vettore Por Viviane Fuentes

 

Nome completo, data e local de nascimento
MV: Melissa Vettore, 10/02/72, SP
 
Mothern

Quão moderna pode ser uma mulher de 30 e poucos?
MV: Tão moderna quanto o mundo de hoje e tão arcaica quanto os preconceitos de antigamente.

Até onde uma mãe nessa faixa etária consegue ser moderna?
MV: Eu estava em cartaz com uma peça no RJ e meu filho se apresentava com uma peça na escola. Enquanto eu tomava café da manhã com meus parceiros de cena, minha mãe colocava o celular dela e eu ouvia as frases do meu filho fazendo a peça, conforme a gente tinha ensaiado juntos, e chorava...

O melhor de estar na casa dos 40 anos deve ser...
MV: Ainda não sei, vou saber logo e te conto, mas espero que seja não ter os conflitos dos 30!

E o pior...

MV: Ah! Essa história de ter ruga não é uma delícia, mas o pior em qualquer idade é sentir que você podia ter vivido mais intensamente... Mas isso a gente sempre pode rever, dar uma guinada e atualizar seus sentimentos, não tem idade.
 
A quantos km/hora pode uma mãe andar com filhos de 10 e 12 anos?
MV: Mil sem dúvida.

Teatrando
 
Qual o maior medo que tem um pouco antes de subir ao palco?
MV: Entrar no mecânico como forma de me assegurar e deixar de dividir generosamente aquele momento, ‘único da cena’, com o público.

Tem algum cacoete?
MV:Faço um gesto budista que uma amiga atriz me ensinou para zerar a mente.
 
O que mais admirava como artista em GeanFrancesco Guarnieri? (uma singularidade)
MV:  A maneira como acionava a emoção e conectava isso com o público. Era lindo vê-lo abaixar o tom das palavras e trazer a platéia para dimensão do humano.

E em Myrian Muniz?
MV: Foi onde nos conhecemos, lembra?! Eu era apenas iniciante,  você e Domingos Montagner mais maduros e eu me espelhava em vocês. Com a Myrian ví a importância da celebração, do sagrado no teatro e no grupo de pessoas que o fazem, a presença do ‘algo maior’ que nos deixa humildes e singelos diante do fazer teatral.

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Qual foi o comercial
que Fernando Meirelles dirigiu, e você atuou com texto de sua própria autoria?
MV: Foi um comercial da Parmalat. Podíamos alterar o texto e reescrêvo-lo no teste. Aí eu fiz um textinho engraçado (sobre filhos e correria, que era o que eu estava vivendo e que resultaria no embrião do Mothern que morava em mim) e todo mundo deu risada no set. Me aprovaram e no dia de gravar pedi o texto pra decorar,  o Fernando me deu os parabéns, falou que o texto seria o meu. (me pagaram tudo certinho.)

 
Por que Fernando Meirelles está onde está? (consagrado por ótimos filmes no cinema, vindo de um extensa carreira de filmes publicitários)
MV: Porque ele é incrível mesmo. Acho que o Fernando tem um olhar em relação a interpretação grandioso, que faz os projetos todos crescerem. Não só ele tem esse olhar, o Luca Paiva que é o criador (e diretor geral) do Mothern também,  ele representa um olhar novo dentro da televisão.

 
Maysa
 
Quem seria nossa Maysa em tempos atuais?
MV: Não creio que exista uma mulher hoje com a coragem dela. Mesmo.
 
Como acha que a minissérie “Maysa” irá repercutir ao grande público?

MV: Acho que já está repercutindo, ouço os comentários. Ninguém passa desapercebido por ela. É contestadora, destrutiva muitas vezes. Mas sobretudo ela nos provoca na sensibilidade, a crescer com a arte.

Como foi o seu trabalho, a criação do personagem e execução, em Maysa?
MV: Faço uma espanhola, então tive que cuidar do sotaque. Fui a última do elenco a
entrar. Mergulhei num ambiente que já estava muito positivamente construído pelo Jayme Monjardim, tudo me pareceu muito inspirador, Larissa, que faz brilhantemente Maysa dá o tom do seriado, Pablo que faz meu marido, já estava bem trabalhado, mergulhei com eles. Ouvi músicas espanholas para me sensibilizar  a abrir o coração da personagem e viver com intensidade e romantismo que ‘Maysa’ exige.

Você estará em quantos episódios?

MV: Entro terça feira (13/1/2009) numa cena pequena, capítulo 6 , aí ‘botamos pra quebrar’ até o 8.
 
Próximos Passos
 
E para 2009 quais são os novos projetos profissionais?
MV: Estou sem ansiedade. Tem o Mothern ainda no ar, essa semana inteira até quinta passa o eps 11, um episódio meu e do Otávio Martins (que é o meu marido na série e grande parceiro) muito bacana. Tem a peça com as meninas que está em cartaz no Teatro Folha, e tem Maysa. Como foi tudo ao mesmo tempo, quero agora curtir as parcerias que construí, e ficar mais com minha família e os amigos.