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06/04/2009

 

O ator Fernando Alves Pinto encarna o construtor de si mesmo e das pequenas coisas do mundo, numa entrevista inspiracional. Fotos: Alexandre Perroca *especialmente para o Veep

 

 

Nome, data e local de nascimento:

FAP: Fernando Vicente de Azevedo Alves Pinto, nascido em São Paulo no dia 6 de Maio de 1969

Quem você seria hoje se algo, no passado, não tivesse sido como foi?

FAP: Um bailarino e marceneiro ou arquiteto ou escultor. Era o caminho que eu seguia quando voltei pro Brasil pra fazer cinema como ator.

O que gosta de consertar?

FAP: As mecânicas e as simplicidades.

Quando começou a se imaginar e construir personagens no e para o teatro?

FAP: Desde muito menino em brincadeiras de teatro na família.

O que acha que tem emergência de conserto no mundo?

FAP: A digestão e o recomeço.

O que no teatro restauraria? Restauraria algum teatro?

FAP: A voz, sem microfones , pensando nos enormes anfiteatros gregos, e na beleza da voz pura e o barulho. E os teatros e cinemas que viraram igrejas.

O que gostaria muito de consertar (aquilo que não tem conserto)?

FAP: O Ecosistema.

Existe alguma a peça (obra de arte) talhada na madeira que amou? Qual o nome do artista?

FAP: As obras de Frans Krajcberg.

E o que, que tem conserto, que você gostaria de consertar?

FAP: O Ecosistema.

Se Deus existe, ele está mais para marceneiro, artista plástico ou cientista?

FAP: Artista plástico de toques extra cibernéticos.

O que recomendaram ao seu ator, que seria bom melhorar, e você concordou e acatou? (uma característica excessiva ou a ausência de certo comportamento)

FAP:A limpeza quase ao laconismo de movimentos.

E como pessoa, alguém disse que algo em você deveria ser remodelado, e você achou um absurdo?

FAP: Que deveria escolher um caminho só, como se crescimento fosse dispersão.

Que homem (uma pessoa notória) está próximo da perfeição para você? Por quê?

FAP: Ghandi, pela força do silêncio.

E que mulher (notória)? Por quê?

FAP: Pina Bausch pelos padrões lindamente quebrados.

Como você se desconstruiria, por que parte começaria, e as razões?

FAP: Como um relógio, pra entender como funciona, e pela cabeça pra entender as razões.

Quais são seus planos concretos e construtivos para 2009 em teatro, cinema e TV?

FAP: Escrever e dirigir meu primeiro curta-metragem, viajar com o espetáculo A Mulher Que Ri, montar uma peça nova, e construir alguns móveis e um instrumento musical. Consertar um acordeom e aprender a tocar.

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