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04/12/2008 - Bastidores de mãe!

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19/05/2008 - Na minha boca não!

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17/10/2007 - Dublê da Mulher Maravilha Por: Vivi

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19/05/2008 -  Na minha boca não! Por: Viviane Fuentes

O que os redatores estavam pensando ao colocar a seguinte frase na boca do ator/personagem no momento final de um comercial de creme dental?

“... Na minha boca não!”

Na cabeça de um consumidor como eu - ou como a de meu marido – a frase é plena de malícia. Mas como vender pasta dental, sem falar de boca, sem falar de dente?

Nem os dentistas imaginariam que na boca do homem moderno, existia um número exato de problemas. 12. Na minha, o número é maior - sem contar o maxilar desencaixado.

Esse assunto veio a tona certa noite em que meu marido me chamou a atenção para o comercial da Colgate. Ele imitou a atriz igualzinho. Porém parecia locução de comédia pornô.

Doze problemas bucais? Na minha boca não!

Mas não, não era. Estava idêntico a interpretação da atriz! Pensei se tratar de mensagem subliminar? Ou indireta inversa às donas de casa recalcadas no horário nobre?

...Na minha boca não!

No meu ponto de vista a frase se encaixa perfeitamente num filme pornô, onde no início o/a protagonista ainda faz charme para conquistar o parceiro, ou quer cobrar mais às exigências do cliente.

Grosso modo, televisão para mim é assistir comédias de situação. Fora isso, ela é  mero exercício de abstração. Raramente presto atenção num texto, então, palmas para o redator que nos chamou a atenção ao produto!

Doze problemas bucais? Na minha boca não!

Por causa disso, passei a prestar mais atenção aos comercias de creme dental. E parece que todos são filmados no MESMO consultório e com dentistas da MESMA turma da faculdade.

A mesma marca, que tem o produto os 12 problemas bucais, tem outro, mas dessa vez, para sensibilidade! A frase é tão boa quanto ao do comercial anterior citado.

Nunca pensei que algo tão gelado me desse tanto prazer!

Uau! Nada de on the rocks. Meus pensamentos foram até Marrakesh e voltaram concluindo mil loucuras, cheias de especiarias picantes.

Nunca pensei que algo tão gelado me desse tanto prazer!

Ai, ai, ai, ique saudade tenho de assistir Moliére encenado pelo Ornitorrinco do Cacá Rosset no Teatro Sérgio Cardoso. Num sei, num tô legal, mil coisas!

Será que não existe fórmula melhor para fazer filmes mais criativos, mesmo com verbas mínimas? Ou convencer o cliente da conta a gastar mais?

Tenho uma idéia genial. Criar um comercial, filmado no Marrakesh (casa de swing em Moema), atores vestindo peças íntimas brancas, dentes lindos, sorriso refrescante. Uns dizendo aos outros: Na minha boca, sim, baby!

E por falar nisso, preciso ir ao dentista e saber se existe algum creme dental para a Síndrome de Tourette - a minha tem se acentuado mais nos últimos anos.

Estou com uma filha de 9 meses que ainda não entende bem o significado das obscenidades que falo, mas um dia entenderá. Não só isso. Repetirá. E provavelmente na escolinha. Como explicar se um dia ela me perguntar:

Mamãe, palavrão é como uma virgula que você usa entre uma frase e outra?

Se não tiver creme dental para Tourette, vou ter que escovar os meus dentes com água sanitária. Porque na minha boca, são mais de 200 problemas! (FIM)